Neymar enfrentou diversas controvérsias relacionadas à construção de um lago artificial em sua propriedade em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Em junho do ano passado, uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Prefeitura de Mangaratiba investigou uma denúncia de crime ambiental na mansão do jogador. Durante a ação, as autoridades interditaram a obra.
De acordo com o G1, a denúncia afirmava que a construção do lago de 1.000 metros quadrados provocou a quebra de rochas, desmatamento e desvio do curso de um rio, tudo isso sem a devida autorização da Secretaria de Meio Ambiente. A multa seria aplicada a Neymar, e seu pai, Neymar da Silva Santos, estava presente no local durante a operação.
Ainda segundo o G1, a situação se complicou quando o pai de Neymar, nervoso, discutiu com a equipe de fiscalização durante a vistoria. A secretária de Meio Ambiente de Mangaratiba, Shayenne Barreto, deu voz de prisão a Neymar Santos.
A medida foi baseada no artigo n° 331 do Código Penal, que tipifica como crime o desacato a um funcionário público em exercício. No entanto, após um pedido da assessoria de Neymar Santos, as autoridades liberaram o pai do jogador para cumprir um compromisso em São Paulo.
Neymar é inocentado do crime ambiental
Porém, G1 contou que, após as investigações, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) concluiu que não houve danos ambientais na construção do lago. A decisão, anunciada no último 02, inocentou Neymar de crime ambiental e o isentou de pagar a multa de R$ 16 milhões.
A desembargadora Adriana Ramos de Mello baseou sua sentença em um relatório do Instituto Estadual do Meio Ambiente do Rio (Inea), que confirmou a inexistência dos danos ambientais mencionados nas acusações.
Segundo o Inea, não houve captação de água do Rio Furado, não foram encontrados indícios de supressão de vegetação, e as intervenções no lago não causaram impactos ambientais.
A Justiça também rejeitou um recurso da prefeitura que tentava derrubar uma liminar que havia suspendido a multa milionária e a interdição do lago.