A Dolce&Gabbana, marca italiana conhecida por sua extravagância, lançou um perfume exclusivo para cães que custa mais de R$ 600. Inspirado pelo amor de Domenico Dolce por seu cachorro, o perfume, chamado “Fefé”, promete uma “fragrância terna e cativante”, mas atraiu críticas de organizações de defesa dos direitos dos animais, como a PETA.
A fragrância, vendida por 108 dólares (aproximadamente R$ 605 na cotação atual), combina aromas de ylang ylang, almíscar e sândalo. De acordo com a marca, ela foi desenvolvida para ser uma adição “divertida” à rotina de beleza dos cães.
Além disso, o frasco do perfume ostenta uma placa banhada a ouro de 24 quilates. Ela reproduz a pegada de um cachorro. Ainda vem acompanhado de uma coleira com medalha da marca.
No entanto, a luxuosa criação dividiu opiniões. Para muitos, o preço elevado do produto e o conceito de uma fragrância para cães representam um exemplo de ostentação desnecessária. Críticos destacaram que o mercado de luxo busca constantemente novos nichos. Dessa forma, este perfume é apenas mais uma tentativa de capitalizar sobre o amor dos donos de pets.
A PETA, organização internacional que defende os direitos dos animais, expressou sérias preocupações sobre o impacto que o perfume pode ter nos cães. Ingrid Newkirk, fundadora da PETA, destacou que “borrifar nos cães um produto que foi feito para humanos pode perturbá-los consideravelmente”.
Ela enfatizou que os cães possuem entre 10.000 e 100.000 vezes mais capacidade olfativa do que os humanos, o que significa que fragrâncias como essa podem causar irritação, estresse e até prejudicar sua capacidade de perceber o ambiente e interagir com outros animais.
Embora a Dolce&Gabbana tenha posicionado o perfume como uma forma de mimar os animais de estimação, a reação das organizações de proteção animal sugere que há uma linha tênue entre o luxo e o bem-estar dos pets. O debate sobre o uso de produtos de luxo em animais promete continuar, com defensores dos animais questionando a necessidade e a ética de tais produtos.