O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro (Sated-RJ) fez acusações sérias contra a Netflix e a produtora A Fábrica, responsáveis pela série “Pedaço de Mim”. Segundo o sindicato, as empresas violaram a lei 6533/78, que regula as profissões no setor de entretenimento no Brasil. As denúncias apontam a inclusão de atores sem o devido registro profissional e contratos de trabalho não regularizados conforme a legislação.
A lei 6533/78 determina que todos os contratos de trabalho dos profissionais do entretenimento devem ser validados formalmente pelo sindicato responsável. Segundo o Sated-RJ, a Netflix e a produtora A Fábrica não seguiram esse procedimento. “Contratos que não passam por essa validação são considerados ilegais, e muitas vezes só ganham atenção após o surgimento de graves problemas trabalhistas”, destacou a associação em uma publicação no Instagram.
O Sated-RJ criticou a atitude das empresas envolvidas no projeto “Pedaço de Mim”, acusando-as de priorizar lucros acima dos direitos dos trabalhadores. “Repudiamos as práticas da produtora A Fábrica e da Netflix, que parecem privilegiar o lucro em detrimento das obrigações legais e do respeito aos artistas”, afirmou o sindicato, reafirmando seu compromisso com a defesa dos direitos dos profissionais da área.
“Pedaço de Mim” conquistou público global, figurando entre os dez conteúdos mais assistidos da Netflix em diversos países, como Argentina, Paraguai, Romênia, Hungria, Eslováquia e Portugal. O elenco inclui nomes como Juliana Paes, Vladimir Brichta e Felipe Abib, destacando-se pela qualidade artística e pelo sucesso internacional.
Esse caso reacende debates sobre as condições de trabalho no setor audiovisual e a importância do cumprimento das leis trabalhistas. Garantir a qualidade das produções e o respeito aos profissionais é essencial. Agora, resta aguardar os desdobramentos da denúncia e as possíveis medidas que serão tomadas pelas entidades reguladoras e pelas próprias empresas acusadas.